Rede Manchete de Televisão


Rede Manchete (também conhecida como TV Manchete ou apenas Manchete) foi uma rede de televisão brasileira fundada na cidade do Rio de Janeiro em 5 de junho de 1983 pelo jornalista e empresário ucraniano naturalizado brasileiro Adolpho Bloch. A emissora permaneceu no ar até ao dia 10 de maio de 1999.
A programação da emissora foi marcada por sucessos e insucessos durante a sua existência. A cobertura do carnaval carioca também teve grande destaque na programação da TV Manchete. A emissora mostrava os preparativos da grande festa popular do país com os programetes Feras do Carnaval e Esquentando os Tamborins, exibidos ao longo da programação. A cobertura do "Carnaval da Manchete" começou em 1984, ano de inauguração do Sambódromo carioca. A emissora de Adolpho Bloch conseguiu exclusividade nas transmissões daquele ano após desistência da Rede Globo, ocorrida por questões de ordem política (desavenças entre Roberto Marinho e Leonel Brizola). No ano seguinte (1985) a Globo voltou a transmitir os desfiles simultaneamente com a Manchete. Em 1988 a Manchete não transmitiu os desfiles por conta de um impasse com os organizadores dos desfiles e em 1999, a falta de recursos a impediu de transmitir o evento.
Outras telenovelas de sucessos produzidos pela Manchete foram Dona Beija (1986), Helena (1987), Corpo Santo (1987), Kananga do Japão (1989), além da sua primeira produção dramaturgia, a minissérie Marquesa de Santos (1984).
Um dos seus mais notáveis sucessos foi a novela Pantanal, exibida em 1990. Vieram outros como A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991), Tocaia Grande (1995) e Xica da Silva (1996).
O canal se tornou conhecido também por exibir as diversas séries de tokusatsus e animes, todas de origem do Japão, com grande sucesso, que também foi responsável da introdução das produções japonesas no Brasil, que anos depois, outras emissoras de TVs abertas e assinaturas passaram exibir outros animes.No final dos anos 1980 e boa parte dos anos 1990 eram exibidas as séries Jaspion, Changeman, Jiraiya, Flashman, Jiban, Lion Man, Black Kamen Rider, Maskman, Cybercops, Spielvan, Kamen Rider Black RX, Patrine, Winspector e Solbrain. Graças ao grande sucesso dessas séries é que chegaram os animes Cavaleiros do Zodíaco (episódios e em OVA), Samurai Warriors, Shurato, Yu-Yu-Hakushô, Sailor Moon, Super Campeões e US Mangá.Nos anos 1990 os programas infantis foram: Dudalegria (manhã); A Turma do Arrepio e Clube do Seu Boneco (ambos na tarde) em 1995. Além desses programas, eram exibidos desenhos considerados "clássicos" das décadas de 50, 60, 70 e 80: Calvin e o Coronel, Dartagnan e os Três Mosqueteiros, Don Quixote de la Mancha, Família Drácula, O Pirata do Espaço, Super Tiras, Patrulha Estelar, Superaventuras, Família Tró-ló-ló, Josie e as Gatinhas, Lorde Gato, Marmaduke, A Turma do Abobrinha, Goldie Gold e Manda-Chuva e os sitcoms Seinfield e Friends.
Outro nome famoso, que ganhou projeção na Manchete foi o do radialista Eloy Decarlo conceituado comunicador carioca, se tornou nacionalmente conhecido quando, por todo o tempo de existência da emissora, foi a "voz-padrão" das chamadas da programação do canal e das vinhetas, principalmente nos comerciais.
O jornalismo sempre foi o carro-chefe da emissora. O telejornal Jornal da Manchete, o principal informativo do canal, trazia aprofundamento das notícias e comentários de grandes nomes do jornalismo brasileiro, como Carlos Chagas, Villas-Boas Corrêa, Zevi Ghivelder e Salomão Schvartzman, entre outros e comentaristas como João Saldanha. Também revelou os apresentadores Mylena Ciribelli, Cláudia Cruz e Alexandre Garcia que posteriormente transferiram-se para a Rede Globo.
Nos primeiros anos da emissora, o Jornal da Manchete ficava no ar por três horas, o que nunca ocorreu na história da televisão brasileira, já que os telejornais locais e nacionais da década de 1980 e anteriores, nunca ultrapassaram os 40 minutos de exibição. Sua primeira parte, dedicada ao noticiário cultural, era intitulado Panorama Manchete, apresentado por Íris Lettieri (na época, a voz do aeroporto carioca e do número de telefone que informava a Hora Certa) e Jacyra Lucas. Seguia o Manchete Esportiva, apresentado por Márcio Guedes e Paulo Stein. Ainda tinha o Debate em Manchete, com Arnaldo Niskier. Então vinha o Jornal da Manchete 1ª Edição, apresentado por Carlos Bianchini e Ronaldo Rosas. No final da noite, entrava no ar o Jornal da Manchete 2ª Edição, ancorado por Luiz Santoro, Roberto Maia e Claudia Ribeiro, depois substituída por Leila Richers. A partir de agosto de 1989, o casal de jornalistas Eliakim Araujo e Leila Cordeiro, que estava na Globo, foi contratado e assumiu o comando do Jornal da Manchete, até o final de 1992.


Foto Autor Herbert Trindade Bianchi

A emissora passou a usar certos apelativos como cenas de nudez em novelas como Dona Beija, Pantanal entre outras produções da casa e até espetáculos de strip-tease impróprios para o horário como o da jornalista Íris Lettieri na contagem regressiva para o carnaval e no programa de calouros de Raul Gil em horário vespertino além de programas de striptease com telessexo.
A partir de 1998 surgiu uma crise incontrolável na emissora.Em 4 de janeiro de 1999 Pedro Jack Kapeller, surpreende a todos envolvidos e os que acompanham a crise da Rede Manchete, que assinou no dia anterior o contrato com a produtora Renascer Gospel Comunicação Produções Ltda., pertencente à Fundação Renascer, administrada pela igreja evangélica Renascer em Cristo, tornando-se a parceira da Rede Manchete de Televisão.O acordo não deu certo e houve rompimento no contrato. Salários atrasados, tentativas fracassadas de venda e programas que saíam do ar arranharam a imagem da estação,No dia 9 de maio, depois de várias reuniões, num acordo acompanhado pelo Ministério das Comunicações, é anunciada que a Rede Manchete foi vendida ao grupo TeleTV na madrugada. O Grupo TeleTV comprou a rede por US$ 608 milhões de dólares.
A emissora foi vendida pelo grupo Bloch depois de uma reunião de mais de 12 horas entre o seu presidente, Pedro Jack Kappeller, e o proprietário do grupo TeleTV, Amilcare Dallevo Jr até que no dia 10 de maio de 1999 a emissora mudou de nome (passou a se chamar TV!) e de dono, encerrando a história iniciada em 1983.


Jornalista Elmo Francfort

Em 2008 o Jornalista e Escritor Elmo Francfort lançou o livro " Rede Manchete Aconteceu virou História " da coleção aplauso impresso pela "Imprensa Oficial "onde conta detalhes de bastidores e produção,uma leitura interessante, eu conversei com ele na sede da Pró-TV em São Paulo. 
O livro é sensacional com fotos exclusivas da emissora além do contéudo escrito com grandes revelações da vida de Adolpho Bloch.
No dia 5 de junho do ano passado foi lançado o documentário "Aconteceu Virou Manchete" produzido pelos estudantes de jornalismo da UERJ com direção de Fernando Borges da TV News é contada toda história da emissora até seus momentos finais.
Parabêns a todos os funcionários da Rede Manchete que batalharam e lutaram até o fim para tentar manter as emissoras no ar mesmo sem receber salário.
O Brasil perdeu uma das maiores redes de TV do mundo pois a Rede Manchete marcou a vida dos Brasileiros.

Fonte : Site Wikipédia
Homenagem a Rede Manchete de Televisão (1983-1999)


Links You Tube - https://www.youtube.com/watch?v=THQBD-5XupA                                             https://www.youtube.com/watch?v=zEBM8EUFHFI 
                             https://www.youtube.com/watch?v=3qEL7jLGDZ0 
                             https://www.youtube.com/watch?v=Rh52RCDbQVc 
                             https://www.youtube.com/watch?v=6Bfn_ijIpYU                   
                             https://www.youtube.com/watch?v=uzWhrqdokx0
 
 Documentário Rede Manchete - https://www.youtube.com   /watch?v=M2ylBXhEbfQ 



                  
                                                     









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